Segundo o Electric Vehicle Outlook 2025, relatório anual divulgado pela Bloo...
Cidades que funcionam com energia elétrica? Um novo livro lançado pela Unicamp revela que isso já é realidade em 30 cidades ao redor do mundo. Resultado de cinco anos de investigação, a obra detalha políticas públicas que vêm tornando o transporte urbano mais sustentável e eficaz — e oferece sugestões concretas para o Brasil avançar nessa direção.
Sob a coordenação da professora Flávia Consoni, da Unicamp, “Cidades elétricas” traz exemplos de locais como Oslo (Noruega), Shenzhen (China), Bogotá (Colômbia) e Nova York (EUA), destacando como essas cidades organizaram estratégias para reduzir a emissão de poluentes e modernizar seus sistemas de mobilidade.
A pesquisa contou com apoio da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e parceria da CPFL Energia. A análise utiliza a estrutura NATO, que divide as políticas em quatro pilares: coordenação, normatização, financiamento e administração. A proposta do livro é servir de guia para gestores públicos brasileiros que desejam acelerar a transição para uma mobilidade urbana elétrica.
Cidades que impulsionaram a mobilidade elétrica
As cidades analisadas no estudo enfrentaram desafios comuns: altos índices de poluição, trânsito caótico e transporte ineficiente.
A diferença? Apostaram em políticas públicas ambiciosas e integradas, focadas na eletrificação dos veículos, expansão da infraestrutura de recarga e estímulos para a adesão da população.
Shenzhen, por exemplo, eletrificou todos os seus ônibus em menos de dez anos. Já em Oslo, subsídios combinados a restrições para veículos a combustão incentivaram a transição. Em Bogotá, a mobilidade elétrica foi usada como instrumento de inclusão, levando transporte limpo às periferias.
O livro oferece ferramentas práticas adaptáveis à realidade brasileira, enfatizando o papel central das prefeituras nesse processo, como destaca matéria do Jornal da Unicamp.
Obstáculos reais da mobilidade elétrica
Um dos principais entraves identificados nas cidades pesquisadas foi a falta de integração entre os setores de transporte, energia e meio ambiente. Em muitos contextos, a ausência de metas bem definidas e a falta de articulação entre os governos municipal, estadual e federal acabaram dificultando o progresso. Onde houve avanços concretos, a cooperação entre políticas públicas e investimentos privados foi essencial.
Outro desafio recorrente foi a infraestrutura para recarga dos veículos. Mesmo em centros urbanos com grande número de elétricos, como Berlim (Alemanha) e Amsterdã (Holanda), a expansão dos pontos de carregamento exigiu mudanças legais, adaptações na rede elétrica e fomento à inovação. Algumas cidades investiram em recarga integrada a mobiliários urbanos; outras priorizaram veículos leves em áreas de maior fluxo.
A obra também enfatiza os impactos sociais dessa transição. Em lugares como Bogotá e Santiago (Chile), rotas de ônibus elétricos foram direcionadas para regiões de menor renda, ampliando o acesso à mobilidade sustentável. Essas escolhas foram embasadas em dados territoriais, reforçando que, quando bem planejada, a mobilidade elétrica também pode ser uma ferramenta de justiça social.
Fonte: Jornal da Unicamp – “Cidades elétricas: novo livro analisa 30 experiências globais”
Link da publicação: https://jornal.unicamp.br/noticias/2025/06/11/livro-relata-experiencias-de-30-cidades-que-adotaram-a-mobilidade-eletrica/
Segundo o Electric Vehicle Outlook 2025, relatório anual divulgado pela Bloo...
Cidades que funcionam com energia elétrica? Um novo livro lançado pela Unic...
Por muitos anos, os painéis solares convencionais dominaram o cenário das e...
A China inaugurou uma usina solar de 8,6 megawatts (MW) na província de Zhej...
Os 10 carros elétricos mais acessíveis em 2025 O mercado de veículos elét...
O Dia Mundial da Energia, celebrado em 29 de maio, é uma oportunidade import...
O Brasil encerrou 2024 com avanços significativos na transição para a mobi...
O Brasil alcançou a 6ª posição no ranking mundial de geração de energia...