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Nos últimos anos, a Espanha tem se destacado globalmente na produção de energia renovável, com grande parte de sua rede elétrica abastecida por fontes solares (59%) e eólicas (11%). Contudo, o apagão recente ocorrido em 28 de abril levantou preocupações sobre a estabilidade do sistema.
Segundo investigações iniciais da Red Eléctrica, uma perda significativa de geração fotovoltaica no sudoeste do país teria provocado o colapso da rede elétrica. Especialistas, como Pedro Jatobá, apontam que sistemas com grande participação de energias intermitentes, como solar e eólica, são mais vulneráveis a falhas rápidas, já que operam com pouca “inércia”, ao contrário de fontes tradicionais como hidrelétricas, nucleares e térmicas, que oferecem maior estabilidade.
O debate sobre a confiabilidade das fontes renováveis se intensificou após o apagão, especialmente em meio à discussão sobre o futuro da energia nuclear na Espanha. O premiê Pedro Sánchez negou que as fontes limpas tenham sido a causa principal, embora relatórios recentes da operadora Redeia já alertassem para riscos de desconexões severas com o aumento dessas fontes. O desafio está em adaptar o sistema elétrico a essa nova realidade, o que pode envolver o uso de geradores síncronos para fornecer estabilidade ou mudanças na lógica dos inversores para que possam simular a inércia de fontes tradicionais. A experiência do Brasil, que já enfrentou situação semelhante, serve de alerta para a importância do planejamento e da modernização tecnológica.
O blecaute afetou também Portugal, que, apesar de ser autossuficiente em energia, estava naquele momento comprando eletricidade da Espanha por questões econômicas. Por estar completamente interligado ao sistema espanhol, Portugal não conseguiu se isolar a tempo para evitar os impactos do colapso. Esse evento expôs a vulnerabilidade das redes interconectadas e reacendeu discussões políticas sobre a necessidade de fontes energéticas mais robustas, embora especialistas alertem que o retorno a combustíveis fósseis não seja a solução. Para evitar futuras falhas, será necessário investir em tecnologias de estabilização e em sistemas de previsão que permitam uma resposta mais ágil diante de falhas inesperadas.
(Com informações da BBC)
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